terça-feira, 23 de junho de 2009

Alimentação para Adultos

A nutrição na idade adulta enfatiza a importância da dieta na manutenção do bem-estar e prevenção de doenças.
O papel da nutrição expandiu-se significativamente e agora é visto como uma ferramenta que pode ser utilizada não apenas para impedir doenças, mas para promover saúde.
A faixa etária adulta é a faixa em que se completa o crescimento físico.
Atualmente, atenção especial deve ser dada à transição nutricional que o Brasil vem passando nas últimas décadas, na qual se destaca o aumento da obesidade, possivelmente ligada a uma alimentação rica em gorduras (particularmente as de origem animal), açúcar e alimentos refinados, e reduzida em carboidratos complexos e fibras.
Com o aumento da obesidade, verifica-se o aumento das doenças crônicas não transmissíveis (hipertensão arterial, diabetes, doenças cardiovasculares e câncer).
De um modo geral, a grande preocupação que se deve ter com a alimentação do adulto é que esta deve estar voltada para a manutenção de seu peso ideal, prevenindo, assim, as DCNT e propiciando-lhe uma melhor qualidade de vida.
As causas dos desvios alimentares nos adultos são geralmente de ordem econômica, dificuldade de providenciar alimentação, falta de atividade física, excesso de trabalho, maus hábitos alimentares, dentre outras.

Proteínas

Quanto à recomendação na idade adulta, quando já cessou o crescimento, o indivíduo precisa de proteínas apenas para manutenção.
Recomenda-se calcular também o NDPCal% (Net Dietary Protein Calorie Percent), que significa a contribuição energética da proteína totalmente utilizável. Segundo a FAO/OMS (2003), esse valor deve ser de 6 a 10%.


Carboidratos

O principal papel dos carboidratos na dieta é prover energia para as células, especialmente às do cérebro.
Atenção maior deve ser dada ao excesso de carboidratos simples. Recomenda-se seguir as orientações da OMS (2003), sendo de 55% a 75% do VET (valor energético total).

Lipídios

Os lipídios fornecem energia ao organismo e são necessários para a absorção de vitaminas lipossolúveis e carotenóides.
O ideal é que o planejamento contenha o menor conteúdo possível de colesterol, ácidos graxos trans e gorduras saturadas, tendo em vista as correlações positivas da ingestão desses tipos de lipídios e o aumento do risco de doenças cardiovasculares.
Recomenda-se seguir as orientações da OMS (2003), sendo para lipídios de 15% a 30% do VET (valor energético total).

Fibras


O consumo de fibras na dieta tem impacto positivo sobre o peso corpóreo, a normalização das concentrações de lipídios sanguíneos, a redução dos índices glicêmicos, o aumento do bolo fecal, a melhora do trânsito intestinal, entre outras; no entanto, o excesso pode interferir no metabolismo e reduzir a biodisponibilidade de alguns minerais. Apesar dessas evidências, não foi estabelecido UL para fibra dietética.

Ao se elaborar um cardápio para um adulto, é preciso considerar:

· O hábito alimentar, que já está formado e não pode ser mudado bruscamente;
· A disponibilidade dos alimentos;
· O poder aquisitivo;
· O estilo de vida;
· O número de refeições;
· As necessidades nutricionais relativas ao seu estado de saúde.

Cuidados e orientações importantes com relação ao planejamento alimentar:

· Evitar o excesso de consumo calórico, já que se houver redução da atividade física poderá ocorrer aumento no peso corporal, podendo levar a obesidade.
· As refeições devem ter horários definidos e serem bem fracionadas (6 refeições diárias).
· Dar atenção ao aporte de vitaminas, minerais e fibras, através do consumo de frutas, verduras, legumes e leguminosas.
· Controlar o uso de sal e óleo nas preparações, evitando frituras.
· Estimular o consumo de 2 litros de água por dia.
· Orientar com relação ao consumo de estimulantes, tais como café, chá, e bebidas alcoólicas.

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